Vários indicadores foram propostos para determinar se e em que grau uma língua é ameaçada. Ver um documento da UNESCO sobre este assunto [2].
- Número absoluto de falantes: Línguas com poucos falantes têm mais dificuldades para se manter e usualmente sofrem uma pressão mais forte de línguas dominantes. Porém, tem casos de línguas com poucas dúzias de falantes que se mantiveram por décadas (graças a um contexto cultural intacto e um alto grau de isolamento da sociedade envolvente), e há outros casos, por exemplo, na Índia e na China ou nas Filipinas, em que línguas com dezenas de milhares ou mais de falantes estão sendo abandonadas por uma geração inteira.
- Numero relativo de falantes: quanto menor a comunidade da língua ameaçada em relação à sociedade envolvente, mais difícil é mantê-la. A questão é qual é o parâmetro para a comparação
- Transmissão intergeracional: provavelmente o fator decisivo: uma língua que é aprendida por poucas crianças (ou nenhuma) é altamente ameaçada
- Mudanças culturais e sociais: transformações rápidas e drásticas podem diminuir ou tirar os contextos em que a língua ameaçada é necessária ou funcional. Por exemplo, a eliminação de contextos cerimoniais devido à ação missionária.
- Respostas a novas esferas de uso, mídia: línguas que se adaptam a novos contextos de uso, elaborando seu vocabulário e se adaptando ao uso escrito, inclusive em novas mídias, têm mais chances de se manterem do que se em novos contextos se usa somente a língua dominante
- Materiais pedagógicos: se há alfabetização e escolarização básica na língua ameaçada, ela tem mais chances de não ser completamente abandonada pelos jovens falantes